CBDCs no Brasil: Drex, BACEN e desafios da interoperabilidade

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rubenskuhl

Eu vou ver mais tarde a declaração para ver o ponto específico sobre CBDCs, mas de cara já digo que o Brasil não tem maturidade política suficiente para entendermos não haver risco. A realidade até aqui mostra o contrário... dito isso, o pessoal do BACEN também sabe que é assim, e parece ter pensado o Drex para ser tão resiliente quanto possível a esse cenário.

E seja por isso ou não, o Drex é uma jabuticaba bem diferente de outras CBDCs... a complexidade de operar um sistema multi-chain em que uma transferência inter-bancária precisa de uma destruição de um token de um lado e criação de token do outro, que é o que foi escolhido para o Drex, é bem elevada. Mas nesse aspecto de equiparar o Drex ao sistema atual ao invés de torná-lo um ponto único de falha (quer seja falha técnica, quer seja falha política) como acontece com as single-chain CBDCs, foi uma decisão muito interessante, apesar de ousada.

Agora, nada impede de no futuro algum governo brasileiro resolver forçar a migração disso para uma single-chain CBDC. Mas isso fica mais na probabilidade "qualquer coisa pode acontecer" do que algo fácil de se fazer, depois do Drex ter se estabelecido.

Para comparação, o Drex vai ser como o ecossistema que mercado consolidou nas coins baseadas em EVM e com interoperabilidade entre elas similar ao que a https://chain.link/ presta nesse ecossistema. Só que já vai ter isso desde o dia zero.